Identificação de pragas

Greening

O greening é a praga da cultura do citros de maior importância no mundo por ser de difícil controle e rápida disseminação, trazendo grandes prejuízos à lavoura. É causada por uma bactéria que obstrui os vasos condutores de seiva, dificultando a nutrição da planta. Não há ocorrência de greening no Espírito Santo e a manutenção desse status é extremamente importante para preservar a citricultura capixaba.

Transmissão

O greening é transmitido por um pequeno inseto (psilídeo) de coloração acinzentada que se alimenta da seiva de todas as variedades cítricas e da murta. Ao se alimentar da planta doente, ele adquire a bactéria e pode infectar várias outras plantas.

Sintomas

Inicialmente, os sintomas aparecem em um ramo ou galho, geralmente isolado, que se destaca pela coloração amarelada das folhas em contraste com o verde dos ramos não atingidos. As folhas apresentam manchas irregulares e com distribuição assimétrica (mosqueadas).
Com a evolução da doença, ocorre uma intensa desfolha dos ramos afetados, com consequente seca e morte dos ponteiros e de toda a copa. Esses sintomas podem ser vistos durante todo o ano, mas ficam mais evidentes no outono e no inverno, facilitando a identificação de plantas doentes.
Os frutos dos ramos afetados não amadurecem, permanecendo com uma coloração verde clara e algumas manchas. Em alguns casos, o fruto fica deformado, crescendo de forma assimétrica, e apresenta sementes abortadas de coloração escura.


Medidas preventivas

• O greening exige inspeção constante. Realize, no mínimo, 6 inspeções anuais em todas as plantas do pomar.
• Adquira somente mudas sadias, produzidas em viveiros certificados e exija sempre o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO).
• Em caso de suspeita da ocorrência de greening, comunique imediatamente ao escritório do Idaf mais próximo.

Cancro cítrico

O cancro cítrico é uma doença causada por bactéria que ataca os citros em geral, provocando lesões nas folhas, ramos e frutos e reduzindo a produtividade da lavoura. Em casos mais graves, pode ocorrer queda de frutos e folhas. A bactéria é de fácil disseminação, altamente contagiosa e consegue sobreviver em materiais como metal, plástico, madeira e tecidos.

O Espírito Santo não possui registro dessa doença, por isso a adoção de medidas preventivas é essencial para evitar que ela atinja as lavouras capixabas.

Disseminação

Os principais agentes de disseminação da bactéria causadora do cancro são a chuva e o vento. Também é possível ocorrer a contaminação entre lavouras, através de roupas e materiais de manejo infestados, veículos que circulam no pomar, trânsito de mudas, entre outros.

Sintomas

Os primeiros sintomas visíveis aparecem nas folhas e caracterizam-se por pequenas lesões salientes nas duas faces. As lesões inicialmente são amarelas e, à medida que crescem, tornam-se marrons no centro. Essas lesões adquirem um aspecto de verrugas e, geralmente, apresentam um anel amarelado em volta.

Nos frutos, as lesões são superficiais e salientes, também com aspecto de verrugas. Com o avanço da doença, as lesões podem ocasionar rachadura, acelerando a podridão e a queda do fruto.

Nos ramos, os sintomas caracterizam-se por crostas salientes e de coloração parda.

Medidas preventivas

• A inspeção regular do pomar ainda é uma das mais eficientes medidas para a prevenção do cancro cítrico. Quanto mais cedo a doença for detectada, menor será o prejuízo para o citricultor e para as propriedades vizinhas.
• Adquira somente mudas sadias, produzidas em viveiros certificados e exija sempre o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO).
• Se houver suspeita de cancro, jamais retire as folhas, ramos ou frutos da planta. O risco de disseminação da bactéria é muito alto. Comunique imediatamente ao escritório do Idaf mais próximo.

Sigatoka Negra

A sigatoka negra é considerada uma das mais preocupantes doenças da bananeira no mundo e a que mais afeta essa cadeia produtiva brasileira.

A doença

A sigatoka negra é causada por um fungo, que se caracteriza pela grande velocidade e intensidade de ataque nas folhas, ocasionando desfolha. Além disso, é um fungo de difícil controle que ataca muitas variedades, como prata, maçã e terra.

Os prejuízos causados pela sigatoka negra podem afetar tanto a qualidade dos frutos como a produtividade da cultura. Dependendo da espécie da banana, a perda pode ser de até 100% da lavoura.

Sintomas

Os sintomas variam conforme a idade da planta, a espécie e a severidade do ataque. Os principais sintomas observados na folha são:
• Estrias de coloração marrom-clara, com 2 a 3 milímetros de comprimento, podendo se alongar e, posteriormente, serem visualizadas em ambas as faces da folha.
• Manchas ovais de cor marrom-escura na face inferior e de cor negra na face superior da folha.
• Manchas negras com pequeno círculo amarelo e centro achatado.
• Manchas com centro achatado e de coloração branco acinzentada, que se unem causando necrose em toda a folha e levando-a à morte.
• Em função da perda das folhas, as plantas ficam enfraquecidas, prejudicando seriamente o tamanho dos frutos, das pencas e dos cachos e o número de pencas por cacho.

Medidas preventivas

• Toda lavoura de banana deve ter, obrigatoriamente, um acompanhamento técnico.
• A produção somente pode ser comercializada mediante a certificação da lavoura, com a emissão do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO).
• O transporte deve ser feito apenas com bananas despencadas, sem a presença de folhas.
• A banana somente pode ser transportada em caixas de madeira de primeiro uso ou em caixas plásticas higienizadas.
• Lavouras com variedades suscetíveis devem ser substituídas por variedades resistentes, como japira e vitória.
• Em caso de suspeita da ocorrência da sigatoka negra, comunique imediatamente ao escritório do Idaf mais próximo para que a coleta da amostra seja feita oficialmente e encaminhada para análise laboratorial.

Moko da bananeira

O moko é um grave problema fitossanitário da cultura da banana. A doença é causada por uma bactéria que atinge todos os órgãos da planta, inviabilizando a produção.
No Espírito Santo não há registro dessa doença, por isso a adoção de medidas preventivas é essencial para evitar que ela atinja as lavouras capixabas.

Transmissão

A principal forma de transmissão é através do uso de ferramentas infectadas durante os tratos culturais e a colheita. Alguns insetos, como abelhas, vespas e moscas-das-frutas também podem levar a bactéria de uma planta infectada para outra sadia.

Sintomas

A bactéria causadora do moko domina o sistema de condução de seiva da planta e pode atingir todas as partes da bananeira em qualquer estágio de produção. As características da doença variam de acordo com a idade da planta, a variedade da bananeira e as condições ambientais. Os principais sintomas são:
• As folhas mais novas adquirem um tom verde-pálido ou amarelado e murcham.
• Ocorre quebra na base da folha antes mesmo do seu completo amarelecimento.
• As raízes apodrecem, tornando-se escuras.
• Na parte interna da planta aparecem pontos escuros, concentrados no centro, formando um anel de coloração marrom que pode se estender desde a base da planta até o cacho.

Medidas preventivas

• Monitore constantemente o bananal, erradicando qualquer foco de moko.
• Evite o trânsito de veículos e pessoas no local onde houver a identificação da doença.
• Use apenas mudas sadias, acompanhadas do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO).
• Desinfete os instrumentos de corte utilizados no cuidado e na colheita com produtos à base de hipoclorito de sódio, álcool ou amônia quaternária.
• Elimine o coração da bananeira assim que surgir o último cacho, pois ele atrai insetos transmissores da bactéria do moko.
• Em caso de suspeita da doença, comunique imediatamente ao escritório do Idaf mais próximo.

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