Estudantes do 6º período do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória, participaram nessa terça-feira (09) da palestra sobre os cuidados com agrotóxicos. O tema foi apresentado pelo chefe da Seção de Inspeção e Fiscalização Vegetal do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Idaf), Marcio Gama Costa.
O assunto foi abordado como parte da disciplina “Ecologia II”. Segundo Marcio Gama, o objetivo foi levar aos alunos um pouco mais de conhecimento sobre o funcionamento da cadeia de produção, do comércio e do uso dos agrotóxicos no Espírito Santo. “É importante que eles conheçam mais sobre a logística reversa das embalagens vazias e sua destinação final, bem como a importância da ação fiscalizatória do poder público.”
Foram abordados ainda aspectos relativos à rotina de registro federal dos agrotóxicos junto aos órgãos competentes (Ministério da Agricultura, Ibama e Anvisa) e os procedimentos para a obtenção do cadastro de comerciante e para a autorização e venda no Estado.
Monitoramento de Resíduos
Na ocasião, Marcio Gama também apresentou o Programa de Monitoramento de Resíduos coordenado pelo Idaf. “O programa permite a verificação, por meio de laboratório especializado, de quais princípios ativos estão sendo aplicados na lavoura e a quantidade remanescente no alimento. É importante destacar que esse é um instrumento de verificação da aplicação das boas práticas agrícolas, ou seja, a ocorrência de resultados insatisfatórios não indica risco à saúde humana dos eventuais consumidores”, explicou.
O Espírito Santo tem um diferencial por realizar as coletas diretamente nas propriedades rurais, permitindo a rastreabilidade dos produtos. No caso de resultados insatisfatórios, os produtores podem ser instruídos com relação à forma correta de utilização dos agrotóxicos ou mesmo quanto à real necessidade de uso.
Para Gama, a abordagem junto aos estudantes de Ciências Biológicas foi bastante produtiva. “Muitos ainda não conheciam a atuação do Idaf nesta área e as discussões foram muito proveitosas, conscientizando de que existe uma estrutura de amparo e uma rotina de vigilância com o propósito de orientar sobre o correto uso dos agrotóxicos em vista da garantia da saúde humana e do respeito aos recursos naturais”, concluiu.
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