O mosaico e a meleira são as principais doenças que atingem as lavouras de mamão e a ausência dos cuidados obrigatórios pode afetar até 100% da produção em poucos meses. Por isso, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) alerta os produtores quanto à necessidade de manter as ações de controle por meio do corte seletivo (roguing), minimizando os prejuízos.
O diretor técnico do Idaf, Ezron Leite Thompson, lembra que o procedimento é obrigatório. “A única forma de evitar que essas doenças se espalhem e destruam toda a lavoura é por meio do corte das plantas doentes, uma vez que o vírus só se propaga em organismos vivos. A manutenção das plantas doentes propicia a transmissão do vírus em progressão geométrica, atingindo, inclusive, as plantações do entorno. Com o roguing, a produção pode ser mantida até o ciclo final, minimizando os prejuízos”, orientou Thompson.
A fiscalização tem sido intensificada pelo Idaf complementarmente às atividades de inspeção e proteção das lavouras do Estado, sobretudo no norte do Estado, onde a produção é mais expressiva.
Entre os dias 11 e 19, foram realizadas 90 inspeções em propriedades de Conceição da Barra, Boa Esperança, Jaguaré, Montanha, Pedro Canário, Pinheiros, São Mateus e Vila Valério. Desde a última segunda (18), as fiscalizações estão acontecendo também em Aracruz, Linhares e Sooretama e a previsão é que aproximadamente 100 lavouras sejam vistoriadas nesses municípios.
Mosaico e meleira
O mosaico e a meleira do mamoeiro são doenças que podem limitar o crescimento das plantações e provocar muitos prejuízos. Por isso, o Idaf orienta que os pomares sejam inspecionados semanalmente e que os mamoeiros doentes ou suspeitos de contaminação sejam eliminados.
Não há como impedir que esses vírus cheguem às lavouras, mas o controle por meio do roguing garante a produção. A insistência de alguns produtores em manter as plantas doentes pode acarretar uma perda ainda maior.
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