O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Justiça (Sejus), lançou, nessa quarta-feira (20), o Projeto Semear, que visa ao cultivo de alimentos em áreas produtivas dos complexos prisionais para abastecimento das cozinhas instaladas nas penitenciárias do Estado. O evento foi realizado na Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV), localizada no Complexo de Xuri. O evento também marcou a parceria entre a Secretaria da Justiça (Sejus) e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) para o aproveitamento de madeiras apreendidas em projetos de ressocialização do sistema prisional.
O projeto, intitulado como Marcenaria do Bem, vai proporcionar o aumento da capacidade de produção e vagas de trabalho para os detentos que atuam nas marcenarias existentes nas unidades prisionais.
A instalação de galpões pré-moldados também contempla o projeto Marcenaria do Bem. Os espaços serão necessários para o armazenamento das madeiras doadas, bem como para o desenvolvimento das oficinas de trabalho.
“O sistema prisional do Espírito Santo já conta com penitenciárias que possuem projetos reconhecidos na arte da marcenaria e que utilizam o trabalho de apenados, com matéria-prima doada por empresas parceiras. Com o projeto, os recursos são transformados em peças diversas, como a fabricação de móveis utilitários, objetos de decoração e outros de utilidades domésticas, todos produzidos com alta qualidade e acabamento”, explicou o secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco.
A parceria facilita a logística no trabalho do Idaf quanto à destinação da madeira apreendida. Em geral, esses materiais são apreendidos em função de não conformidades identificadas em estoques de comércio ou fábricas, transporte irregular ou ausência de comprovação da origem da madeira.
Atualmente, cerca de 150 m³ de madeira apreendida pelo Idaf estão aptos à doação e poderão ser destinados ao convênio. De acordo com o diretor administrativo e financeiro do Idaf, Ronaldo Lubiana, a iniciativa é um bom exemplo de prática de ESG (sigla, em inglês, para ambiental, social e governança).
“Ao destinar parte desses materiais para a ressocialização de internos, o Idaf contribui para a redução do desperdício e da degradação ambiental, promovendo a sustentabilidade. Além disso, ao dar oportunidade de trabalho e capacitação para os internos, o projeto fortalece aspectos sociais. Dessa forma, esse acordo representa uma ação concreta e transformadora nos âmbitos ambiental e social”, destacou Lubiana.
O diretor-geral do Idaf, Leonardo Cunha Monteiro, aponta que o órgão atua sistematicamente, seja na fiscalização de rotina ou nos postos de fiscalização agropecuária, localizados nas divisas com outros estados. “Acho importante que também estejamos inseridos neste projeto, contribuindo para a ressocialização e reinserção social dos detentos”, completou.
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