Treinamento aconteceu nesta semana para o Serviço Veterinário Oficial.
Após o aumento de casos de Influenza Aviária pelo mundo, mesmo não tendo registro da doença no Brasil, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) está realizando diversas ações que buscam informar e reforçar a adoção de medidas preventivas para evitar a entrada doença no Estado.
Nessa quarta-feira (15) e nesta quinta-feira (16), o Idaf, em parceria com o Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa), reuniu o Serviço Veterinário Oficial do Órgão para um treinamento de atendimento inicial de casos suspeitos de Influenza Aviária e Doença de Newcastle. Também participaram representantes do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e da Associação dos Avicultores do Espírito Santo (Aves).
No primeiro dia de curso, que aconteceu no auditório da Superintendência Federal de Agricultura Pecuária e Abastecimento no Espírito Santo (SFA/ES), em Vitória, foi ministrada uma aula teórica sobre: caracterização da avicultura do Espirito Santo; influenza aviária e doença de Newcastle; vigilância passiva de síndrome respiratória e nervosa das aves; definição de casos e fluxo de investigação. Também houve uma apresentação das atividades desenvolvidas pelo Ipram para reabilitação de aves marinhas. Já nesta quinta-feira, aconteceu o treinamento prático de necropsia e coleta de amostras para diagnóstico. A aula aconteceu no laboratório do curso de medicina-veterinária da Universidade de Vila Velha (UVV).
De acordo com o diretor-presidente do Idaf, o instituto prevê, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), mais um treinamento para os servidores, com foco na atuação em casos de diagnóstico da Influenza no Estado. “A princípio, estamos buscando conscientizar os produtores, em parceria com o Mapa, a Seag e a Aves, sobre a importância das medidas de biosseguridade e realizando a vigilância ativa nas granjas, mas caso a doença entre no Estado, o que estamos trabalhando muito para que não aconteça, precisamos estar preparados para enfrentá-la”, pontuou.
O diretor técnico do Idaf, Janil Ferreira, orienta sobre as medidas de biosseguridade nas granjas e a notificação obrigatória em caso da doença. “Entre as orientações práticas aos produtores estão: usar roupas e calçados limpos ao entrar nos núcleos; desinfecção de veículos e materiais que acessem a granja; cumprir quarentena de quatorze dias sem visitas a instalações após viagens ao exterior; evitar o contato dos animais das granjas com outras aves, especialmente aves silvestres; verificar rotineiramente a integridade das telas e cercas dos aviários. A detecção precoce e a notificação de suspeitas de Influenza Aviária são muito importantes, pois permite uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação da doença e, como consequência, um prejuízo maior. A notificação de casos suspeitos ou a identificação de mortes anormais, deve ser notificada obrigatoriamente ao Idaf”, disse.
Texto: Rafaely Lyra
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