Instruções de coleta e envio de amostras

Colheita e envio da amostra

Deve ser enviado para diagnóstico da raiva, para todas as espécies de animais domésticos, o encéfalo inteiro (tronco cerebral, cerebelo e cérebro). Caso não seja possível, envie fragmentos do tecido cerebral, de ambos os hemisférios, das regiões do córtex, cerebelo e hipocampo, assim como do tronco encefálico e medula espinhal.

É considerado material para diagnóstico da raiva o encéfalo já coletado, não sendo aceito o envio da cabeça. Pequenos animais silvestres, de até 20 centímetros, como morcegos, gambás, saguis e outros, podem ser encaminhados inteiros. Para amostras de animais silvestres de grande porte deve-se encaminhar o encéfalo e, se possível, que a espécie seja identificada morfologicamente.

O responsável pela coleta da amostra deve ser imunizado mediante vacinação preventiva antirrábica, com comprovação anual de título de anticorpos acima de 0,5 UI/ml por meio de sorologia e sempre usar os equipamentos de proteção individual (EPI) como luvas, jaleco, máscara, protetor facial e instrumentos adequados à colheita (pinças, tesouras, arco de serra, bisturis etc.).

A colheita do encéfalo deve ser realizada preferencialmente após o desenvolvimento dos sintomas e a morte do animal.

Formulários de requisição de exames

As amostras são recebidas apenas se estiverem devidamente acompanhadas do formulário de requisição de exame, de acordo com a espécie envolvida:

  • Animais de produção (bovino, equino, ovino etc.):

Formulário único de requisição de exames para síndrome neurológica (padronizado pelo Ministério da Agricultura e disponível no site do Idaf).

  • Animais de companhia (cão e gato) e silvestres (morcego, gambá etc.):

FO-DDL-091 (Requisição de exame de raiva) ou Formulário único de requisição de exames para síndrome neurológica (padronizado pelo Ministério da Agricultura e disponível no site do Idaf).

Os formulários devem ser encaminhados em duas vias, de modo que uma ficará no laboratório e a outra será devolvida ao requisitante, após conferência e identificação com o número de registro de amostra do laboratório. Em casos em que se observe somente uma via, esta ficará retida no laboratório e o solicitante não terá uma cópia adicional.

Os formulários devem ser encaminhados devidamente preenchidos, contendo o maior número de informações possíveis, com letra legível (preferencialmente digitado). O nome do profissional solicitante deve estar escrito por extenso e de forma legível no formulário ou com carimbo do profissional, de forma que o mesmo seja identificado.

No formulário também deve ser indicada uma forma de contato com o responsável pelo envio da amostra (telefone ou e-mail). Essa informação também é relevante, pois em caso de resultado positivo, a forma de notificação deve estar disponível e de fácil acesso.

O formulário de requisição de exame deve ser entregue na recepção do laboratório de diagnóstico da raiva e não deve ser colocada dentro da caixa de transporte junto com a amostra, pois pode haver risco de contaminação ou mesmo danificar o documento, inviabilizando o cadastro.

Em caso de materiais enviados pelo serviço oficial (Idaf), esses devem ser acompanhados pelos respectivos formulários de investigação de doença (Form-in ou Form-com).


Conservação, acondicionamento e transporte do material

Caso a previsão de envio do material ao laboratório seja de até 24 horas após a colheita, que seja armazenado em condições de refrigeração até o transporte. Nos casos em que a previsão de envio seja superior a 24 horas, a amostra deverá ser congelada até o momento do envio, no entanto, recomendamos que o envio seja feito no menor tempo possível.

Amostras que chegam congeladas ao laboratório poderão ser processadas no dia posterior, devido à necessidade de seu total descongelamento para serem manipuladas.
O material para diagnóstico deve ser acondicionado em saco plástico reforçado ou frasco plástico de boca larga vedado hermeticamente, identificado de forma clara e legível. A identificação não pode ser danificada pelo contato com água ou gelo. Para que isso não ocorra a identificação pode ser envolvida em um saco plástico ou fita adesiva transparente. Não utilize frascos de vidro, devido aos riscos de acidentes.

Todas as amostras devem ser identificadas de acordo com seu formulário de requisição, de modo que possibilite ao laboratório diferenciá-las. Não esqueça de informar na etiqueta:

  • Número de identificação
  • Proprietário
  • Espécie
  • Raça
  • Sexo
  • Idade

Na etiqueta deve conter dados do proprietário e do material da mesma forma que consta no formulário de requisição. Outra opção é numerar os formulários e identificar as amostras com a mesma numeração.

Caso o laboratório não consiga identificar as amostras em relação ao seu formulário de requisição, o material poderá ser devolvido ao requisitante.

A amostra, corretamente embalada e identificada, deve ser disposta em caixa térmica, preferencialmente com gelo reciclável (tipo gelox), suficiente para que chegue bem conservada até o laboratório. Caso a amostra esteja congelada, pode ser transportada em caixa isotérmica sem gelo, desde que o período de transporte não ultrapasse 12 horas. Caso contrário, deve-se manter a utilização do gelo reciclável.

É aconselhável que a caixa térmica tenha identificação de risco biológico, com os dizeres “URGENTE, MATERIAL BIOLÓGICO PERECÍVEL”, para assegurar a biossegurança, devendo ser bem fechada, evitando vazamentos que possam contaminar o ambiente ou infectar quem a transportar. Recomendamos que se identifique a caixa com um número para contato em caso de extravio.

Avaliação da amostra entregue ao laboratório

No momento da entrega, um representante do laboratório procederá a conferência da amostra biológica. Caso haja alguma intercorrência, de acordo com as informações acima, o material poderá ser rejeitado, sendo lavrado um “Comunicado de Amostra Inadequada” (FO-DDL-039), que será encaminhado ao requisitante por meio do responsável pela entrega do material.

A amostra rejeitada poderá ser armazenada no laboratório e não processada para posterior adequação, devolvida ao requisitante ou descartada pelo laboratório, dependendo da possibilidade de correção do motivo da inadequação. O diagnóstico não será realizado até que as intercorrências sejam solucionadas.

Dúvidas

Se você tem dúvidas sobre este assunto, entre em contato: (27) 3343-5773.

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