O Aeroporto de Vitória lançou nesta quarta-feira (22) o programa de recuperação da restinga da Curva da Jurema. A cerimônia foi realizada no local, junto ao deck da Guarderia, e contou com a presença de representantes da Zurich Airport Brasil (concessionária do aeroporto), da prefeitura de Vitória, do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e entidades ambientais, além de crianças participantes de projeto da região.
Em conjunto, os participantes realizaram o plantio de mudas nativas, simbolizando o início da restauração do ecossistema. Ao longo dos próximos anos, o Aeroporto de Vitória vai coordenar o trabalho, identificando espécies vegetais invasoras e realizando o manejo adequado para assegurar o reflorescimento da vegetação original — garantindo também as condições para preservação e ampliação da fauna nativa.
"Temos a parceria técnica da prefeitura e a parceria de entidades ambientais especialistas, o que é fundamental para o projeto. O mais importante, porém, será o apoio da população, principalmente de quem transita pela área, uma vez que esse trabalho sensível de recuperação tem de ocorrer em harmonia também com o fluxo humano e as atividades cotidianas na região", afirma o CEO da Zurich Airport Brasil, Ricardo Gesse.
O Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) é uma medida compensatória prevista no TCA – Termo de Compromisso Ambiental firmado entre o Aeroporto de Vitória, Idaf e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAM), a fim de compensar os impactos gerados pelas obras de construção do novo terminal, realizadas pela antiga administração. A recuperação total, que também inclui áreas de restinga no interior do sítio aeroportuário, chegará a 14,5 hectares.
De acordo com o diretor-presidente do Idaf, Leonardo Cunha Monteiro, o TCA previu a recuperação de áreas de restinga e uma compensação pecuniária que foi depositada no fundo municipal de meio ambiente. “Foi necessária a supressão de vegetação para as obras do novo aeroporto, sendo exigida pelo Idaf a compensação do dobro da área suprimida. O TCA é uma ferramenta importante para contrabalançar os impactos ambientais previstos na implantação de um empreendimento”, destacou Monteiro.
As pessoas que transitam pela região poderão conhecer mais sobre o projeto por meio de placas explicativas, que mostram as espécies nativas de fauna e flora que terão atenção especial. Parceiro do projeto, o Instituto Últimos Refúgios vai atuar também na conscientização da comunidade do entorno, com trabalhos e apresentações.
A sustentabilidade é um dos valores do Aeroporto de Vitória, que tem um time especializado dedicado ao tema e especialistas destacados para este projeto específico. Embora seja um trabalho lento e delicado, a expectativa é de que os primeiros resultados comecem a surgir naturalmente nos próximos meses.