O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, divulgou um vídeo se pronunciando sobre a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que denunciou irregularidades em frigoríficos do Brasil, onde foram apontadas irregularidades na fiscalização da produção que envolveu funcionários públicos e empresários. Mas segundo o secretário, “a narrativa dessa operação está muito ruim” e defende o setor de produção de carne brasileiro e principalmente do Espírito Santo.

Ele explica que, no País, existem dois tipos de serviços de inspeção: o Serviço de Inspeção Federal (SIF), que é de responsabilidade do Ministério da Agricultura, e o Serviço de Inspeção Estadual, que é de responsabilidade do Idaf, ligado à Secretaria de Estado da Agricultura (Seag). “Então, todo consumidor que for ao supermercado vai ver produtos que passam pelos Serviços de Inspeção Federal e também exemplos de produtos que passam pelo Serviço de Inspeção Estgadual, o que aparece nas embalagens”, explica. “E nós tivemos problemas em 21 estabelecimentos, entre os mais de 4.800 existentes no Brasil, ou seja, meio por cento dos estabelecimentos com Serviços de Inspeção Federal estão com possíveis irregularidades e o Ministério da Agricultura já está trabalhando nisso”, completa.

Logo, conforme afirma Octaciano Neto, não há problema com a carne produzida no Brasil, que é o principal exportador do mundo de carne e “a indústria frigorífica do Brasil é uma indústria eficiente”. “Nós temos os produtores brasileiros produzindo carne de boa qualidade e eu comprei carne sábado no supermercado, vou comprar de novo, não há problema nenhum com consumo de carne no Brasil”, afirma.

Segundo o secretário, neste momento, vale a pena o consumidor observar as marcas que produzem no Espírito Santo, já que não existem empresas do Estado com problemas, citando a Proteinorte, Uniaves, Oi Frango, Cofril, Zucoloto, Mafrical, Forteboi e Frisa. “São marcas importantes que temos no Espírito Santo e que não têm nenhuma investigação”, destaca. “Então, vale a pena, primeiro, o consumidor continuar comprando carne, já que não há problema, e vale observar as marcas regionais como oportunidade de consumo, nas próximas semanas, até que essa situação fique mais clara”, completa, mas pedindo para que as pessoas não deixem de consumir.

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Fonte: Folha do Caparaó