Numa função ainda muito atribuída a homens, a engenheira-agrônoma do Idaf Carina Valois trabalha na subgerência de inspeção e fiscalização vegetal do órgão. Principal provedora da família enquanto o marido cuida das filhas, a engenheira busca romper barreiras.
“As mulheres têm que se conscientizar da nossa importância na sociedade, não para pôr um fim ao patriarcado, que é um objetivo ainda distante, mas para trazer para as gerações futuras, como as minhas filhas, um cenário mais igualitário sem a necessidade de passarem pelo que nós passamos hoje”, declara.
Casada há 10 anos, a engenheira-agrônoma do Idaf entendeu como uma solução que o marido cuidasse da casa após o nascimento de suas filhas, Mel, de oito anos, e Maitê, de três.
“Quando nos casamos, meu marido dava aulas em Águia Branca, onde ficava durante toda a semana, rotina que se tornou inviável após o nascimento da Mel. Diante disso, entendemos que a melhor solução seria que ele ficasse em casa cuidando das crianças enquanto eu trabalhava. Acho muito positiva a proximidade dele com as meninas, mas não fico em segundo plano, elas também são bastante grudadas comigo”, disse.
Carina Valois se considera feminista, e diz que foi levada à causa pelas questões do dia a dia, em que identifica o machismo como intrínseco na sociedade, que tende a direcionar funções secundárias às mulheres. Considera seu setor um exemplo a ser seguido por todo o órgão, ainda que veja na agricultura um “território” ainda dominado pelos homens.
Texto: David Monteiro
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