O diretor técnico do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Eduardo Chagas, e o subgerente de Regularização Ambiental, João Marcos Augusto Chipolesch, estiveram presentes no Encontro Nacional de Usuários RedeMAIS 2024, que aconteceu nessa terça (18) e quarta-feira (19), em Brasília.
O evento tem como objetivo apresentar os resultados alcançados pelo Programa Brasil MAIS (Meio Ambiente Integrado e Seguro) na utilização de tecnologias geoespaciais para o combate a crimes ambientais e outros ilícitos, como desmatamento e queimadas, por exemplo.
Brasil MAIS
O Programa Brasil MAIS é realizado a partir de contrato firmado entre a Polícia Federal e a SCCON Geospatial, empresa brasileira de tecnologia geoespacial e distribuidora oficial das imagens Planet no Brasil, sendo o maior projeto operacional de sensoriamento remoto do país. O programa permite o acesso e compartilhamento de imagens diárias de alta resolução da Planet e alertas de detecção de mudanças da SCCON em uma plataforma web que conta atualmente com mais de 400 instituições públicas cadastradas – dentre elas, o Idaf.
Monitoramento de imagens de fiscalização
A experiência da Central de Monitoramento de Florestas do Idaf, localizada na sede do Instituto, foi apresentada na programação voltada para a temática de controle interno e externo – Meio Ambiente e Fiscalização, juntamente com o Centro de Apoio Operacional da Defesa do Meio Ambiente (Caoa), vinculado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
Segundo Eduardo Chagas, a estrutura – adquirida com o apoio da Promotoria de Justiça de Guarapari – conta com tecnologia de ponta, que permite mais agilidade no acompanhamento de qualquer mudança na vegetação estadual. “O enfrentamento ao desmatamento ilegal é um compromisso do Governo do Estado e essa é mais uma ferramenta para buscarmos coibir as infrações e punir aqueles que insistem em desrespeitar os preceitos legais estabelecidos. Nosso empenho visa fortalecer a preservação dos recursos naturais”, destacou o diretor técnico.
Integração com a academia
O tratamento dos dados da Central de Monitoramento de Florestas resulta da pesquisa feita na tese de mestrado em Geografia e Sensoriamento Remoto, desenvolvida por João Marcos Chipolesch. Ele explica que utilizou as técnicas de sensoriamento remoto nas imagens de satélite para quantificar o desmatamento da área da bacia do rio Jucu em um período de treze anos (2007 a 2020).
“A ideia foi trazer para o Idaf essa proposta e, sobretudo, com a possibilidade de fazer o processamento digital das imagens, extraindo delas, de forma automática, informações relevantes, como os índices espectrais que medem o vigor e a saúde da vegetação, que são o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e o Índice de Vegetação Melhorado (EVI)”, explicou Chipolesch.
Os polígonos de desmatamento são então cruzados com as informações do banco de dados do Idaf referentes ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e às autorizações de explorações florestais, de modo que seja possível filtrar e verificar onde estão os desmatamentos ilegais, realizados sem autorização ou em áreas em que a legislação não permite. A experiência já foi implementada em Guarapari, Santa Teresa e na região do Caparaó e o objetivo é ampliar para todo o Estado.
Texto: Francine Castro
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