13/06/2012 08h18 - Atualizado em 05/07/2016 17h42

Rio+20: ES apresentará projetos para adequação ambiental e recomposição florestal das propriedades rurais

13 de junho de 2012

O Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), vai apresentar na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20 a experiência vivenciada em solo capixaba para ampliar a produção de alimentos dentro de modelos orgânicos de cultivo e para promover a adequação ambiental e a recomposição florestal nas propriedades agrícolas.

Dentro do programa Reflorestar, o projeto ‘Campo Sustentável’ tem como objetivo apoiar o desenvolvimento sustentável da pequena e média propriedade rural, com ações integradas e voltadas à recuperação e adequação ambiental nas áreas de produção agrícola e florestal. Atualmente são 194 produtores integrados com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) com obrigações e benefícios estabelecidos para a condução dos trabalhos. A meta do programa é atingir 440 propriedades agrícolas em oito regiões definidas como prioritárias.

Dentro do programa, o produtor rural recebe assistência técnica e incentivos para promover de forma planejada a conjugação das ações de conservação e recuperação dos recursos naturais, simultaneamente à melhoria da produtividade agrícola, o que gera ganhos econômicos. Somente em 2011, o modelo do ‘Campo Sustentável’ foi implantado em 170 hectares.

Os produtores rurais que aderem ao projeto têm à disposição assistência técnica, mudas de espécies nativas, estacas e arames para isolamento de áreas para a recuperação ambiental, mudas e semente de espécies agrícolas e mudas de espécies florestais.

Silvicultura diminui pressão sobre matas nativas

Em 2011 a silvicultura consolidou-se como atividade importante no arranjo econômico da pequena propriedade agrícola no Espírito Santo. A expansão da atividade resultou num novo modelo de produtor rural, denominado de ‘Fazendeiro Florestal’.

Este ‘Fazendeiro Florestal’ se dedica à produção de madeira oriunda de florestas plantadas como eucalipto, pinus, seringueira, cedro, teca e outras espécies exóticas e nativas, em menor escala de plantio, que já se tornaram a principal fonte de suprimento de matéria prima florestal para uso na propriedade, sendo o excedente comercializado para fins industriais como guseiras, celulose, construção civil, lenha e movelaria.

O uso na propriedade da madeira produzida com plantios de espécies de rápido crescimento contribui significativamente para atenuar a pressão sobre as florestas nativas. Além disso, a silvicultura permite ao produtor rural aumentar a renda na propriedade rural por meio do aproveitamento de áreas ociosas e com limitações para culturas agrícolas mais exigentes.

Para promover o desenvolvimento da silvicultura no Espírito Santo, a Seag mantém os projetos ‘Extensão Florestal’, ‘Probores’ e ‘Florestas Piloto’.

‘Extensão Florestal’

Surgiu a partir da constatação da necessidade de suprir a demanda crescente de madeira para atender aos diversos setores consumidores após a destruição indiscriminada das florestas nativas. Em 2011 foram distribuídas três milhões de mudas de eucalipto para a implantação de 2.000 hectares de florestas em 1.200 propriedades rurais em todo o Estado. Para o ano de 2012 o programa deverá distribuir mais três milhões de mudas.

Expansão da Heveicultura – ‘Probores’

Em 2011 continuou crescente o interesse por parte dos produtores rurais no cultivo de florestas de seringueira em função dos preços aquecidos pagos pela borracha diretamente ao produtor. Este interesse tem sido mais acentuado por parte da agricultura familiar e em áreas de assentamento rural. Foram distribuídas 250 mil mudas de seringueira a 231 produtores de todo o Estado.

‘Florestas Piloto’

O programa visa atender a demanda por tecnologias que possibilitem o cultivo de outras espécies florestais diferentes das tradicionais florestas de pinus e eucalipto. O objetivo é estimular o uso de espécies não tradicionais para o cultivo florestal como alternativa de diversificação na formação de florestas de produção econômica.

Em 2011 foi implantada em uma área de 52 hectares no município de Alegre, Sul do Espírito Santo, a primeira unidade do ‘Floresta Piloto’, das dez previstas. Na unidade serão testadas e selecionadas espécies arbóreas nativas e exóticas, provenientes de material de variabilidade genética adequada, com perspectiva de maior produtividade e melhor qualidade da matéria-prima para serraria, laminação e outros produtos da indústria madeireira. Além disto, neste trabalho também estão sendo avaliadas diferentes formas de recuperação e recomposição das Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal.



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