Com a aquisição da terra pelo PNCF, comunidade dobra de tamanho e a expectativa é que o faturamento anual do local chegue a R$ 5 milhões.
O Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), coordenado no Espírito Santo pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), beneficiou 30 famílias da comunidade Feliz Lembrança, no interior do município de Alegre. Cada família irá receber um alqueire de terra, totalizando 30 alqueires. O crédito já foi aprovado com o financiamento acolhido pelo agente financeiro. Os beneficiados já podem tomar posse de suas terras, a partir desta quinta-feira (17).
“A comunidade que antes tinha apenas 26 alqueires de terra, por meio do Crédito Fundiário, passa a ter 56 alqueires, o que significa que mais que dobrou de tamanho. Isso representa melhoria na qualidade de vida dos moradores, inclusão, dignidade e geração de emprego e renda. O Crédito Fundiário, desde que assumimos esta gestão, se tornou uma das prioridades no instituto e agradeço toda a equipe da Unidade Técnica Estadual, que tem se dedicado a este programa. Entendemos o quanto é importante para essas famílias”, afirma o diretor-presidente do Idaf, Mário Louzada.
Segundo o presidente da Associação dos Produtores e Moradores de Feliz Lembrança (AMFLA), Paulo Gonçalves Azevedo Júnior, de 23 anos, com o aumento da área, a comunidade poderá desenvolver novos projetos sociais e econômicos. “Fizemos um censo e identificamos que a renda anual da comunidade é, atualmente, de R$ 1,5 milhão. Com a aquisição da terra pelo PNCF, a expectativa é de que o faturamento anual chegue a R$ 5 milhões, com investimentos em cafeicultura, fruticultura, agroindústria e outros. A comunidade agradece toda a equipe do Idaf e a diretoria, que não mediram esforços para nos ajudar. Não temos palavras para agradecer”, disse Paulo Júnior.
Um dos beneficiados pelo programa, Paulo Sérgio de Souza Silva, de 43 anos, conta um pouco da história da comunidade. “Feliz Lembrança é uma comunidade de várias gerações. A história começou com os nossos avós e a comunidade foi crescendo. Até que chegou um momento em que não tinha espaço para as próximas gerações. Foi assim que 15 anos atrás a juventude começou a se organizar atrás de políticas públicas que pudessem nos ajudar a continuar no local, já que muitos jovens estavam se mudando da comunidade por não terem mais espaço e condições de trabalho, o que chamamos de êxodo rural”, afirmou Paulo Sérgio.
O morador da comunidade também conta que, agora com o benefício do crédito fundiário, os jovens que haviam saído da comunidade ou estavam procurando trabalho na cidade, estão de volta à comunidade. “Uma coisa é o jovem poder escolher. Antes ele não tinha a escolha de ficar. A terra da nossa liberdade. Além de cultivar, tem o cunho social. Ela é a nossa moradia e isso faz com que o jovem queira se fixar no campo”, reitera.
PNCF
Segundo Isidorio Simões, coordenador da Unidade Técnica Estadual (UTE/Idaf), para a UTE é muito satisfatório ver a comunidade alcançar tamanha conquista. “Tivemos muito trabalho durante a análise das propostas e envio ao agente financeiro por ser um grupo grande, mas o resultado final é gratificante. A vitória da comunidade é a nossa vitória”, destacou.
O PNCF é um programa gerenciado pela Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), criado nos anos 2000, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Governo Federal, que oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra possam comprar imóvel rural por meio de financiamento.
Os interessados ao Crédito Fundiário podem buscar orientações junto ao Sindicato de Trabalhadores Rurais do seu município ou no Idaf. Para mais informações, acesse idaf.es.gov.br/ute-es.
Texto: Rafaely Lyra
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