Equipes do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) estiveram reunidas, nessa quarta-feira (23) e quinta-feira (24), em um trabalho técnico conjunto para verificar as condições fitossanitárias da cultura de citros no território capixaba. O objetivo é cumprir os protocolos de biosseguridade estabelecidos pelo Governo da Bahia para viabilizar a exportação dos produtos provenientes das lavouras do Espírito Santo.
O diretor técnico do Idaf, Eduardo Chagas, explica que a governo da Bahia tem uma restrição quanto ao ingresso de frutos cítricos provenientes de outros estados. "Para isso, é preciso que a Adab, juntamente com a agência de defesa agropecuária do Estado de origem, aprove os tratos culturais, o manejo de condução da lavoura, entre outros aspectos, atestando as condições de certificação fitossanitária. Esse trabalho interinstitucional é fundamental para garantir a defesa sanitária, mas também para fomentar o desenvolvimento da citricultura", destacou.
Segundo o gerente de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal do Idaf, Marcio Gama dos Santos da Costa, que integra a equipe que participa da inspeção que vem sendo realizada, as vistorias aconteceram neste momento em duas propriedades localizadas no norte do Estado, especificamente em Pedro Canário e Linhares. "Nesta etapa tivemos a oportunidade de coletar dados, conhecer a realidade local e vistoriar os pomares e caberá à equipe da Adab deliberar quanto ao ingresso dos produtos capixabas em terras baianas, sempre atuando em parceria com o Idaf. Essa atuação conjunta permite verificarmos, por exemplo, oportunidades de melhoria e, com isso, valorização e ampliação do segmento", pontuou Marcio Gama.
A coordenadora do Programa Fitossanitário dos Citros da Adab, Suely Brito, explicou que essa ação conjunta com o Idaf visa garantir a certificação fitossanitária dos produtos que são exportados para a União Europeia e outros mercados internacionais. "A Adab tem uma legislação que proíbe o beneficiamento e rebeneficiamento de frutos cítricos que não são produzidos na Bahia, a fim de preservar os aspectos fitossanitários das lavouras de laranja, tangerina, lima ácida Tahity, uma vez que muitas pragas podem ser veiculadas pelo trânsito desses frutos. Contudo, em atendimento à demanda apresentada pelo Espírito Santo, a equipe trabalha na verificação da condição fitossanitária dos pomares capixabas para conceder essa anuência", disse Suely Brito. A previsão é que as deliberações sejam apresentadas já no mês de maio.
Texto: Francine Castro
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