31 de julho de 2013



Na manhã dessa quarta-feira (31), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) assinou a Instrução Normativa (IN) nº 003, que define as regras para extração do fruto da palmeira Juçara. O evento aconteceu na propriedade do Sr. Pedro Bortolotti, na comunidade de São Vicente, em Rio Novo do Sul, em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e o projeto Corredores Ecológicos, do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).


A nova instrução prevê orientações aos produtores rurais para que a extração do fruto seja realizada de forma sustentável, já que a palmeira Juçara compõe a Lista Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção.

"A instrução normativa para a extração do fruto da palmeira Juçara regulariza a atividade, que é exemplo de como conviver em harmonia com o meio ambiente”, explicou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli. O secretário também destacou a importância da instalação da rede elétrica trifásica, que foi inaugurada na ocasião. “A inauguração da rede trifásica mostra a força da agricultura capixaba e que torna insuficiente a rede monofásica de energia para mover a necessidade da produção, que já conta com muitas máquinas e equipamentos”, concluiu.

“Esta normatização visa oportunizar mais geração de renda aos produtores rurais de forma sustentável, com proteção das nossas florestas. A palmeira Juçara é ameaçada de extinção e, por isso, é fundamental criarmos instrumentos que garantam a preservação da espécie”, afirmou Davi Diniz de Carvalho, diretor-presidente do Idaf.

"A agricultura é uma das atividades mais importantes do Estado e é por isso que o Governo do Espírito Santo investe para o setor se desenvolver e os agricultores poderem viver com qualidade no campo", afirmou o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Mello.

A polpa dos frutos da palmeira juçara (Euterpe edulis), da Mata Atlântica, assim como a do açaí, da Amazônia, pode ser utilizada na produção de alimentos, como granola, sucos, sorvetes, cremes, vitaminas, iogurtes, molhos, licores e até em bolos. Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de degustar algumas dessas receitas.






Inauguração da rede elétrica trifásica

A rede elétrica trifásica na comunidade de São Vicente, em Rio Novo do Sul, garante o funcionamento de uma agroindústria que produz polpa de frutas. Em 2012, a empresa comercializou duzentas toneladas de polpa e, em 2013, a expectativa é que a produção chegue a 250 toneladas. A empresa adquire matéria-prima de 140 produtores em oito municípios capixabas e emprega 14 funcionários.

Há 15 anos, o agricultor Pedro Bortolotti começou a produzir polpa de frutas em pequena escala e para comércio local. “Fico muito satisfeito com esse auxílio do Governo porque nunca imaginamos que haveria uma rede trifásica aqui por não termos condições de arcar com os custos. Iniciamos a produção na garagem de casa, agora já contamos com três câmaras frias para armazenar as polpas”, declarou Bortolotti.




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