14/08/2013 12h16 - Atualizado em 05/07/2016 18h18

Idaf esclarece sobre ocorrência de mormo na GranExpoES

14 de agosto de 2013

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) informa que um animal que participou da GranExpoES 2013 foi confirmado positivo para o mormo, doença que atinge os equídeos. O resultado do exame foi liberado na tarde da última segunda-feira (12).

A égua, oriunda de Viana, ingressou no Parque de Exposições com todos os documentos sanitários exigidos pela legislação, inclusive o exame negativo para mormo (que tem validade de 60 dias) e o atestado veterinário de ausência de sinais clínicos da doença.

O chefe do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Animal do Idaf, Fabiano Fiuza, explica que no período de incubação da doença, os sintomas ainda não se manifestaram e o exame pode indicar negativo. "Por isso, é fundamental que os produtores adotem as medidas sanitárias exigidas pela legislação, como transportar os animais com a Guia de Trânsito Animal (GTA) e os exames recomendados, a fim de reduzir as chances de transmissão de doenças", alerta o médico veterinário.

A partir da investigação epidemiológica que está sendo realizada pelo Idaf e Ministério da Agricultura, identificou-se vínculo entre esse animal e um outro diagnosticado como positivo em Guarapari, sendo que ambos foram transportados em um mesmo veículo para participação em evento em Minas Gerais. Ainda não é possível afirmar qual foi a fonte exata de contaminação. "O contágio ocorre pelo contato direto entre animais, ingestão de água e alimentos contaminados, inalação ou contato com materiais contaminados, como freio, bebedouro, comedouro, entre outros. Tão logo soubemos que dois animais tinham tido contado com um animal positivo, o Idaf isolou imediatamente os suspeitos", explica Fiuza.

Interdição

Durante esta semana, 14 médicos veterinários do Idaf serão mobilizados para realizar a coleta de sangue dos 306 equídeos que estão no Parque de Exposições para investigar se há algum outro animal contaminado. As amostras serão enviadas para laboratório oficial em Pernambuco e a previsão é de que os resultados sejam liberados em aproximadamente dez dias após o recebimento do material.

O Parque de Exposições ficará interditado por um período mínimo de 45 dias, pois para a desinterdição o exame precisa ser repetido por duas vezes consecutivas, num intervalo de 45 a 90 dias, com resultado negativo para todos os animais. Durante esse período, nenhum equídeo pode ingressar no parque e nenhum pode ser retirado do espaço.

Sacrifício

Segundo a legislação que trata da doença (a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura nº 24, de 2004, a Lei Estadual nº 5.736 e o Decreto-N nº 4.495), no caso de confirmação de mormo, os animais contaminados devem ser sacrificados, uma vez que a doença não tem cura e essa é a única forma de controle. A data do sacrifício do animal positivo ainda não está confirmada.

Zoonose

Embora seja uma considerada zoonose, ou seja, pode ser transmitida aos seres humanos, não há registro de casos de mormo em humanos no Brasil. Os sintomas no homem podem se manifestar com febre, feridas na pele, inchaço no nariz, pneumonia e abscessos no corpo.

Os tratadores dos animais que estão no Parque de Exposições foram orientados pelo Idaf quanto ao manejo adequado dos animais para evitar possível contaminação e ainda para que tenham condições de identificar caso algum animal apresente sintomas da doença. Nesses casos, o Idaf deve ser imediatamente comunicado.

Os sintomas mais comuns nos animais são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre alta e fraqueza, úlceras nas narinas com uma secreção, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta.

O mormo é uma doença contagiosa que atinge os equídeos (cavalos, mulas, burros e jumentos), causada por uma bactéria.



Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Idaf
Francine Castro
comunicacao@idaf.es.gov.br
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