13/08/2012 05h50 - Atualizado em 05/07/2016 17h43

Juçara: além do palmito, a polpa ganha força na GranExpoES

10 de agosto de 2012

Uma palmeira esbelta, que pode chegar a 20 metros de altura. A Juçara é nativa da Mata Atlântica, e conhecida por fornecer um palmito doce, requintado e saboroso, bastante apreciado no Brasil e no exterior. O que pouca gente sabe é que, além do palmito, a Juçara oferece um fruto semelhante ao açaí amazônico, cuja polpa possui enorme potencial econômico, e que pode ser produzido nas propriedades rurais do Espírito Santo.

As estratégias e instrumentos para a cadeia produtiva da palmeira Juçara foram discutidos nesta sexta-feira (10), durante o IV Fórum de Ciência e Desenvolvimento Rural Sustentável, realizado na GranExpoES – 36ª Exposição Estadual Agropecuária. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) esteve à frente dos trabalhos.

A bióloga do Incaper, Fabiana Ruas lembrou que “é necessário transpor barreiras com relação à extração dos produtos da Juçara, uma vez que se trata de uma planta nativa da Mata Atlântica”, lembra Ruas. Importante destacar que o consumo in natura ou em conserva do palmito Juçara tem causado o quase desaparecimento da espécie em algumas áreas. Os gargalos da cadeia produtiva foram tratados por César Teixeira, pesquisador do Incaper.

A taxonomia da espécie, a agroindústria e as alternativas para o processamento do fruto e o registro do produto final da polpa de Juçara também foram discutidos no evento. A economista doméstica Monique Lopes Dias falou sobre o processo de conservação da polpa da Juçara, e sobre as boas práticas de lavagem e despolpamento, as quais são fundamentais para garantir a aparência (cor) e as características sensoriais (sabor) do produto.

Durante a oficina foi apresentada pelo chefe do Departamento de Recursos Naturais Renováveis do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Eduardo Chagas, uma proposta de Instrução Normativa para a exploração sustentável da extração de frutos da palmeira Juçara. Eduardo destaca que a planta tem uma polpa muito similar ao açaí e possui um forte potencial para geração de renda. Porém, por ser uma árvore nativa da mata atlântica, ameaçada de extinção, é preciso haver controle para a proteção dos recursos.

Segundo Eduardo a minuta foi apresentada para ser discutida junto aos participantes, que puderam dar sugestões. Após uma análise final a Instrução Normativa será publicada com as normas para o manejo e a comercialização do produto.



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