05/07/2012 08h03 - Atualizado em 05/07/2016 17h43

Pesquisadores do Incaper participam de Curso de Certificação Fitossanitária de Origem

05 de julho 2012

Ampliar o número de responsáveis técnicos habilitados para realizar a certificação fitossanitária de origem no Estado. Esse é o objetivo do 7º Curso de Certificação Fitossanitária de Origem (CFO) e CFO Consolidado (CFOC), que termina nesta quinta-feira (05) na sede do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

São 48 novos engenheiros agrônomos e florestais que estão sendo habilitados em 22 pragas de interesse fitossanitário. Dentre os temas em debate estão: pragas quarentenárias e declarações adicionais no trânsito internacional e interestadual de vegetais, e identificação e controle de diferentes pragas, como bacteriose do morangueiro, cancro cítrico e mosaico e meleira do mamoeiro.

Participam também 18 engenheiros agrônomos e florestais que já têm o certificado mas que precisam se atualizar com o surgimento de novas pragas. Para esses, a frequência na capacitação é somente nas palestras que não estavam incluídas na edição do curso em que o candidato participou.

Pesquisador do Incaper e doutor em Fitopatologia, José Aires Ventura é um dos palestrantes, e avaliou o curso como essencial para potencializar o número de habilitados para a atuação no Espírito Santo. “Esse é um curso muito sério que tem o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para ser realizado. Ele é muito rigoroso, desde a seleção dos palestrantes, que hoje no Incaper cotamos com quatro, até os candidatos que precisam fazer uma avaliação no último dia do curso, por isso não basta só participar, tem que ter nota para passar na prova para ser um certificador”, explica Ventura.


“Quando aprovado, o engenheiro poderá atestar a sanidade de determinada produção e sua credencial é válida para todo o Brasil. Isso fortalece nossas atividades agrícolas e tornam nossa comercialização mais segura”, afirma José Aires Ventura.

O curso foi realizado pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e conta com a parceria da Superintendência Federal de Agricultura do Espírito Santo, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA/Mapa), do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) e do Incaper.

Os certificados

De acordo com a Instrução Normativa nº 55 de 04 de dezembro de 2007 da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e o Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC) são os documentos emitidos por profissionais habilitados pelas Agências de Defesa Agropecuária, para atestar a condição fitossanitária na origem para partida de plantas, parte de vegetais ou produtos de origem vegetal.

Além de atestar a qualidade fitossanitária na origem das cargas de produtos vegetais, os certificados serão necessários para o trânsito de produtos potenciais veiculadores de pragas quarentenárias presentes (A2) e não quarentenárias regulamentadas e, no atendimento de exigências específicas de certificação para o mercado interno e externo.

Para realizar o transporte de banana, citros e café dentro do Espírito Santo é obrigatório portar o CFO ou o CFOC, e, para transportá-los para outros Estados, é necessária a emissão da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV). Esses documentos são exigências federais para atestar a sanidade de uma produção de vegetais, que estão sujeitos ao ataque de pragas.

No Espírito Santo, a fiscalização do trânsito de vegetais é realizada pelo Idaf. Esse trabalho é fundamental para evitar a entrada, no Estado, de doenças de importância econômica, como o Moko da Bananeira e a Sigatoka Negra (que atacam a lavoura de banana, provocando queda na produção), o Cancro Cítrico e o Greening (que atacam os citros).



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